sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dra Evelyn Vinocur & Prof Joseph Sergeant, IV Congresso ABDA


DRA EVELYN VINOCUR COM O PROF JOSEPH SERGEANT, DA CLINICAL NEUROPSYCHOLOGY, VRIJE UNIVERSITEIT, AMSTERDAM, HOLLAND.

O IV Congresso Internacional da ABDA, no Rio de JAneiro, dias 31 de Julho e 1* de Agosto de 2009, sobre o TDAH / DDA, ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hipertividade ou Distúrbio de Deficit de Atenção.

terça-feira, 30 de junho de 2009

DEPRESSÃO E DIABETES

Estudos motram relação entre complicações da diabetes e depressão evidenciando que a diabetes complicada e crônica pode aumentar em até quatro vezes a prevalência de depressão moderada ou grave.
Os mesmos achados foram constatados em relação à ansiedade, que pode ser uma das faces da depressão, intimamente relacionada à diabetes (Anderson e cols, 2002). O pé diabético merece cuidados especiais:
Cuidados Simples para Prevenir o Pé Diabético
O que é o Pé Diabético?Uma das complicações crônicas do diabetes é o popularmente conhecido pé diabético. Ele ocorre mais rapidamente naquelas pessoas que não fazem um controle adequado de seus níveis de glicemia (açúcar) no sangue. Alguns cuidados simples podem prevenir tal condição e criar a possibilidade de se evitar as amputações de membros em 100% dos casos. Pessoas que têm diabetes durante 10 ou 20 anos começam a apresentar diminuição da circulação arterial e redução da sensibilidade dolorosa e térmica nos membros, a chamada neuropatia diabética. Taxas aumentadas de glicose no sangue por longo período de tempo podem causar esta neuropatia, que é sentida como um formigamento, agulhadas, dor, dormência, queimação ou fraqueza nos membros.Diferente do que acontece com problemas circulatórios, que dão dores na batata da perna ou nas coxas quando as pessoas se movimentam e melhoram com o repouso, os sintomas da neuropatia são piores à noite, ao deitar.Muitos diabéticos só se dão conta do que está acontecendo quando seus pés ou pernas já apresentam feridas ou, em um estágio mais avançado, infecções no local da ferida. Mas a prevenção é o meio mais eficaz de evitar estes problemas.
O que fazer para evitar o Pé Diabético?A observação e a higienização correta auxiliam na prevenção e diagnóstico precoce das lesões. E alguns cuidados simples podem ser tomados para evitar estes problemas.
Examine seus pés diariamentePara facilitar este exame dos pés, use um espelho ou peça ajuda de uma pessoa querida. Procure bolhas, feridas, ferimentos, calos, frieiras, cortes, rachaduras e alterações de coloração na pele. Faça o exame sempre em um local bem iluminado, preferencialmente usando luz solar.E em todas as consultas com seu médico, peça-o para examinar seus pés.
No banho
Mantenha seus pés limpos usando sabonete de glicerina e água morna. Nunca use água quente, pois a diminuição da sensibilidade térmica pode fazer com que você se queime. Teste a temperatura da água com o cotovelo e só depois coloque os seus pés nela. Após o banho, seque bem os pés com uma toalha macia, sem esfregar, principalmente entre os dedos e ao redor das unhas. Nunca use secador de cabelos, aquecedores, cobertores térmicos ou lâmpadas para secar os pés. Eles podem queimá-lo sem que você perceba.Mantenha a pele hidratada, aplicando creme ou loção hidratante. Não aplique em cortes ou ferimentos ou entre os dedos para evitar umidade. O uso de talco não é necessário, mas se você tem o costume de fazê-lo, use em pouca quantidade.
Qual meia devo usar?
As meias sem costura e sem elástico são as melhores para pessoas diabéticas, pois evitam machucados. Prefira usar meias de lã no inverno e meias de algodão no verão. Evite as meias de nylon que dificultam a transpiração e perdem rapidamente a qualidade.
Quais os cuidados que devo tomar com as minhas unhas?
Lave e seque bem seus pés e unhas antes de cortá-las.O ideal é cortá-las com intervalo máximo de 4 semanas e lixar uma vez por semana, utilizando um cortador de unhas adequado ou uma tessoura de ponta romba.O corte deve ser quadrado, deixando ver uma pequena parte branca. Lixe os cantos para mantê-los arredondados. Não descole a unha da base com espátulas, nem corte os cantos arredondados para evitar que sua unha encrave.Caso você já tenha unha encravada, você precisa procurar um serviço especializado em tratamento dos pés ou um dermatologista para avaliar a necessidade de uma pequena cirurgia no local.Só utilize os serviços de manicures e pedicures treinados e peça para que não tirem as cutículas e não corte os cantos. Informe sempre que é diabético.Nunca corte calos ou calosidades, nem use calicidas ou abrasivos como lixas ou raladores. Procure um médico para tratar a causa do aparecimento de calosidades que podem ser devido ao uso de calçados inadequados, a presença de joanetes ou deformidades nos pés.Caso suas unhas estejam muito grossas, com aspecto “esfarelado”, com alterações na cor ou descolando da base, procure um dermatologista pois você pode estar com micose e necessitar de um tratamento com mediações de uso oral por algumas semanas.
Quais são os cuidados gerais a serem tomados com os meus pés?
Ao se expor ao sol, utilize protetores solares, inclusive nos pés para protegê-los de queimaduras. É comum acontecerem queimaduras nos pés na praia, ao pisar em areia quente. Fique atento a este detalhe.Evite manter as pernas cruzadas, para facilitar a circulação. Se você trabalha sentado, procure mexer os pés a cada 30 minutos.Não use bolsas de água quente nos pés.Evite andar descalço, mesmo dentro de casa.
Calçados. Quais os melhores?
O ideal são sapatos fechados, de couro macio, em numeração e altura adequadas e que sejam confortáveis. Os que têm piso anti-derrapante com solado rígido e seguro são uma boa opção, pois dão maior segurança para caminhar. Existem algumas lojas especializadas que oferecem calçados e palmilhas específicos para diabéticos.Sempre que calçar um sapato, verifique o seu interior para não ferir os pés em pedras, pregos ou outros pequenos objetos. Examine os sapatos com atenção, procurando deformidades nas palmilhas ou costuras.Evite usar sapatos sem meiaGuarde seus sapatos em ambiente arejado e lave-os sempre que necessário. Deixe secar bem antes de usá-los.Para os exercícios físicos, você deve escolher um tênis confortável, com sistema de amortecimento de impactos. Reserve um tênis apenas para a prática de esportes. Compre seus sapatos de preferência na parte da tarde e em dias de calor, quando seus pés vão estar mais inchados. Nunca use um sapato novo o dia inteiro. Comece usando meia hora no primeiro dia e vá aumentando 30 minutos a cada dia de uso até se adaptar ao novo calçado. Abandone o uso de calçados que sejam desconfortáveis ou que causem bolhas ou ferimentos nos seus pés. Invista na prevenção de lesões nos pés, para evitar gastos com tratamentos futuros.Para as mulheres, os saltos quadrados de no máximo 2 a 3 centímetros de altura e, se possível, no formato de mata-borrão. São os melhores. Evite saltos altos e bicos finos, que apertam os pés.Sapatos de plástico ou de couro sintético aumentam a transpiração nos pés e devem ser evitados.Chinelos de dedo ou tiras que deixam os pés desprotegidos e deformam com o uso não devem ser usados.
Cuidado com os ferimentos!
Quem tem diabetes há vários anos precisa ter em mente que a perda de sensibilidade nos membros pode levar ao aparecimento de ferimentos sem que a pessoa perceba.Em caso de ferimentos ou acidentes nos pés ou pernas, faça um tratamento imediato. Não espere para “ver se vai melhorar”. Este tempo perdido pode gerar complicações como infecções e dificuldade de cicatrização das feridas.Os primeiros cuidados a serem tomados são: lave o local do ferimento com água limpa e sabão neutro, cubra com gaze estéril e enfaixe sem apertar. Em seguida, procure um médico.Não use produtos com iodo ou corantes, não use band-aid ou fita adesiva diretamente na pele. Nunca trate os ferimentos sem orientação médica, nem tome ou aplique medicamentos ou qualquer outra sibstância por conta própria ou por orientação de amigos.A presença de febre, vermelhidão no local da ferida, inchaço ou pus nos pés ou pernas são sintomas preocupantes. Procure imediatamente o seu médico e não interrompa o tratamento de diabetes!
Dois amigos dos seus pés:
Não fumar e fazer um bom controle de seus níveis glicêmicos (açúcar no sangue) são as duas principais armas para evitar o pé diabético.Procure ter uma alimentação balanceada e praticar exercícios físicos com regularidade, sempre com orientação do seu médico e de um nutricionista. Isto posterga o início do uso de medicamentos para tratar o diabetes e em muitos casos evita o uso de insulina para controlar a doença. O exercício também melhora a circulação arterial.Já está comprovado que o maior número de casos de amputações de pés e pernas ocorre nos diabéticos que fumam. Como ninguém quer aumentar os seus riscos, assuma com você mesmo o compromisso de parar de fumar.
Tenha força de vontade e atinja este objetivo. Caso tenha dificuldades, procure ajuda especializada.
Fontes:American Diabetes AssociationCanadian Diabetes Association

sábado, 27 de junho de 2009




A neuropsiquiatra Dra Evelyn Vinocur apresentou dois posteres no XX Congresso da Abenepi, junho 2009, Campinas.




Grupo de apoio a pais e portadores de TDAH com incentivo à leitura dia 29 de junho 2009, segunda feira próxima!!!


dia: 29 de junho de 2009 - segunda feira próxima.


local: Av 28 de Setembro 389 - sétimo andar - auditório - Vila Isabel - Rio de Janeiro - RJ


HORÁRIO: 20 hs


tel: 021 2576-5198 ou 021 7811-1694


Os nossos grupos tem sido um verdadeiro sucesso!Portadores e familiares do Rio de Janeiro e de outras cidades do Estado do Rio comparecem ao grupo e a troca entre essas famílias enriquece muito o grupo.


Cada participante coloca as suas questões para o grupo que troca vivências, experiências, dúvidas e angústicas que vem sofrendo.


A neuropsiquiatra Dra Evelyn Vinocur e a Psicóloga Rita Tavares, ambas especialistas em Saúde Mental da Infância e Adolescência e Psicoeducação para criancas, jovens e adultos, realizam dinâmicas com o grupo, com o objetivo de avaliar funções de extrema importância no TDAH como atenção seletiva, atenção sustentada, perseveração, distratibilidade, inibição de impulsos inadequados, controle da impulsividade, habilidade social, resolução de problemas e outros.


É servido um lanche e ao final, sorteamos o livro NO MUNDO DA LUA, do Prof. Paulo Mattos.


Contamos com a presença de todos vocês para os próximos encontros.Estamos promovendo, junto aos participantes, a realização de exercícios específicos em treinamento de habilidades sociais e resolução de problemas, uma vez que desenvolver as funções executivas nos portadores e mesmo nos familiares é de suma importância.


Tragam seus familiares e amigos!!


VAMOS DIVULGAR O GRUPO PARA QUE MAIS PESSOAS POSSAM ENTENDER MELHOR O QUE É O TDAH E SUAS CONSEQUENCIAS.


Um abraço a todos, e até segunda-feira, dia 29/06!


Evelyn Vinocur

sábado, 23 de maio de 2009

UMA REVOLUÇÃO NA MEDICINA:A MEDICINA PERSONALIZADA

Exame genético determina dose de Medicamento para cada pacienteInstituto da USP desenvolve 1.º teste do tipo no País; medida reduz efeito adverso e melhora eficácia do tratamento

O novo exame poderá aumentar a eficácia e reduzir os efeitos colaterais de tratamentos com psicofármacos, analgésicos, remédios para cardiopatias, câncer, epilepsia e outras doenças.O Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (IPq-USP)desenvolveu um exame genético que ajuda a determinar a dose certa de medicamento para cada paciente. A velocidade com que o organismo processa ou elimina uma droga varia de pessoa para pessoa. A diferença explica porque a mesma quantidade de remédio causa efeitos adversos em alguns indivíduos e pode ser ineficaz para outros. O novo teste mostra a resposta do organismo de cada paciente a uma variedade de medicamentos – psicofármacos, analgésicos, remédios contra cardiopatias, câncer – e viabiliza oajuste personalizado da prescrição. O exame avalia os genes responsáveis pela produção de duas enzimas do fígado: a CYP2D6 e a CYP2C19. Elas atuam no metabolismo de 75%dos medicamentos. Tais genes não são iguais em todas as pessoas. Apresentam formas diferentes, conhecidas como alelos. Os pesquisadores do IPq identificam quais alelosestão presentes no genoma de cada paciente.Há uma associação direta entre o alelo encontrado e a resposta ao remédio.“A pesquisa começou com uma paciente que não melhorava com nada”, recorda Wagner Gattaz, presidente do conselho do IPq e diretor do Laboratório de Neurociências, responsável pelo exame. Aos 10 anos, Talita (nome fictício) apresentou um quadro de transtorno obsessivo-compulsivo (TOC). Durante sete anos, passou por sete consultórios diferentes e experimentou vários remédios. Nenhum funcionou. A família cogitou viajar aos Estados Unidos em busca de um tratamento eficaz. Dr. Gattaz sabia da existência de um exame para medir a ação das duas enzimas nos Estados Unidos, mas enviar o material seria sempre uma alternativa cara e demorada. Resolveu desenvolver teste semelhante no Laboratório de Neurociências que dirige. A coordenadora de genética do laboratório, Elida Benquique Ojopi, conduziu as pesquisas. Quando o exame ficou pronto, foi aplicado em Talita. Descobriu que ela é “metabolizadora ultrarrápida”: seu organismo elimina o remédio antes de ele exercer o efeito terapêutico. Hoje Talita toma uma dose 6 vezesmaior do que a usual sem ter efeito colateral. Há três anos não apresenta sinal da doença.“Minha filha está na faculdade, tem vida normal e muitos amigos”, conta a mãe de Talita. “Eu nunca prescreveria uma dose seis vezes maior sem o novo exame”, diz Gattaz.“Seria muito arriscado.” O metabolismo de vários antidepressivos, por exemplo, depende das duas enzimas. Estima-se que a dosagem em 25% das prescrições receberia ajustesdepois do exame genético. NO BRASIL Elida conta que médicos têm encaminhado pacientes para realizar o exame no instituto. Cerca de 250 pessoas utilizaram o serviço. Até agora, a ocorrência de alelos que não demandam correção na dosagem foi igual para os dois genes: cerca de 62% dos pacientes analisados. “Exames como esse representam o início de uma nova fase no tratamento das pessoas – a medicina personalizada”, afirma odiretor do Laboratório de Neurociências. Ele considera provável que,em um futuro próximo,as informações obtidas no teste sobre as duas enzimas farão parte do registro clínico de qualquer paciente, como hoje ocorre com outras informações como o tipo de sangue.Nos Estados Unidos, três empresas realizam o exame, que custa, em média, R$ 1.900. OIPq cobra cerca de R$ 500 pelo teste, que não recebe cobertura do Sistema Único de Saúde (SUS). “O dinheiro é reinvestido em pesquisas do instituto”, aponta Gattaz

quinta-feira, 23 de abril de 2009

ANTIDEPRESSIVO NOVO APROVADO PARA TRATAR DEPRESSÃO NO ADOLESCENTE


MEDICAMENTO É APROVADO PARA O TRATAMENTO DA DEPRESSÃO

EM ADOLESCENTES

Autor : B Emma Hitt, PhD Publicado em: abril 06, 2009


DEPRESSÃO INFANTO- JUVENIL – MEDICAMENTO É APROVADO PARA O TRATAMENTO AGUDO E DE MANUTENÇÃO NA DEPRESSÃO DO ADOLESCENTE.


Medicamento foi aprovado pelo FDA para tratamento de depressão maior nas fases agudas e de manutenção da depressão em adolescentes de 12 a 17 anos. O medicamento ( Escitalopram) foi aprovado através de estudos cientificamente comprovados. Outro medicamento (Citalopram) foi testado para crianças e adolescentes de 7 a 17 anos. Ambos os medicamentos mostraram-se muito eficientes através da escala que mede sintomas de depressão, a Children's Depression Rating Scale–Revised (CDRS-R), comparados ao placebo. O grupo dos adolescentes mostrou mais beneficio com o medicamento. A depressão em adolescentes representa um desafio para os especialistas devido às opções limitadas de tratamentos eficazes e bem tolerados nessa faixa etária. O escitalopram representa o segundo antidepressivo a ser aprovado para a Depressão Maior em adolescentes.

Graham Emslie, MD, professor of psychiatry at the University of Texas Southwestern Medical Center in Dallas, in an FDA news release.

Child and Adolescent Psychiatry Resource Center Depression Resource Center FDA Approvals B Emma Hitt, PhD March 23, 2009 Escitalopram Approved for Treatment of Major Depressive Disorder in Adolescents

terça-feira, 21 de abril de 2009

10 top-dicas para vc discutir a relação com a sua amada!


10 top-dicas para você discutir a relação com a sua amada, sem traumas!

Siga as regras à risca e você vai ficar maravilhado – e ela, mais apaixonada!
1- NÃO INTERROMPA – ouça-a atentamente, de modo solidário e olhando em seus olhos.
2- MANTENHA A MENTE ABERTA – não julgue. Pular para conclusões precipitadas ou querer achar a saída certa ou errada impede você de ouvir adequadamente. Pense bem antes de dizer uma resposta, principalmente se for uma reação do tipo emocional.
3- OUVIR É A PRIORIDADE – ouça sem planejar no que você vai falar em retorno. Conscientize-se que você precisa ouvir. Faça contato visual. Cuidado para não prestar atenção na TV, olhar os jornais ou tentar terminar uma tarefa.
4- USE O FEEDBACK – deixe sua esposa perceber que você a compreendeu. Reinicie a sua fala pelo que ela estava dizendo, dê a ela um feedback. Diga que você gosta de ouvi-la falar, que a compreende e abra uma possibilidade de não ter entendido direito o que ela estava querendo dizer.
5- OBSERVE O NÃO-VERBAL – observe o extra verbal e dicas – tanto as suas quanto as dela. Exemplo encolher os ombros, tom de voz, cruzar pernas e braços, fazer “sim”com a cabeça, olhar nos olhos dela, expressões faciais, desviar o olhar e outros.
6- NÃO ADOTE CERTOS PADRÕES – Tente não cair em padrões como “ler a mente dela”, recitar, julgar, devanear, mudar o que ela acabou de dizer, aconselhar, brigar, achar-se o dono da verdade, mudar de assunto, ficar na defensiva, botar panos quentes etc.
7- NÃO PERCA O FOCO – foque nos pontos principais que sua esposa estiver falando. Você pode perguntar para entender melhor o que acha que ouviu.
8- A MULHER É DIFERENTE DO HOMEM – usualmente, homens e mulheres se comunicam de modo diferente. Estando consciente dessa diferença, você poderá ampliar as suas habilidades de ouvir. Os homens geralmente querem falar para dar informação ou tentar resolver o problema. Mulheres tendem a falar para se comunicar com alguém ou pedir informação. As mulheres normalmente falam mais sobre relacionamentos do que os homens. Os homens são geralmente mais preocupados sobre certos detalhes do que as mulheres.
9- MOSTRE RESPEITO – respeite os pontos de vista da sua esposa, mesmo que você não concorde com o que está sendo dito.
10- CUIDADO COM OS CONSELHOS – não aconselhe a menos que ela peça. “se conselho fosse bom...”

domingo, 22 de março de 2009

AUTO RELATO DE UMA PROFESSORA


PROFESSORA FICA DEPRIMIDA COM CERTAS SITUAÇÕES NAS ESCOLAS.

O QUE VOCÊ FARIA?


"- Dr(a) Evelyn, infelizmente hoje meu aluno TDAH foi pego com intorpecentes dentro da escola, depois descobri que ele fez uso no ambiente interno da escola e que já teve 3 passagens pela DCA e em uma delas foi por latrocínio.A conduta da escola foi expulsão do aluno...Me senti incapaz de ajuda - ló , foi horrível...A polícia, ali, revistando ele ; e ele é claro até tentou fugir da polícia, pois estava com o tênis cheio de drogas.Estou me sentindo muito triste, queria ter feito a diferença na vida deste aluno e não consegui...Sei que agora ele ficará por aí nas ruas, com os "amigos" onde ele se sente aceito e querido e longe da escola. E me pergunto: o que o sistema educacional faz por alunos assim?

Nada...?"

Atenciosamente




sábado, 28 de fevereiro de 2009

DEPRESSÃO E ANSIEDADE, as maiores vilãs da dor na nuca.


Author: Megan RauscherDésirée Lie, MD, MSEd
Fatores psicossociais negativos e eventos estressores, especialmente a depressão e a ansiedade, estão intimamente relacionados à dor cervical recorrente ou persistente, segundo médico alemão Dr. Martin Scherer, da Universidade de Gottingen. O artigo saiu publicado no “ The journal of Musculoskeletal Disorders”, em 26 de janeiro de 2009. Segundo as pesquisas, para que os resultados favoráveis sejam a longo prazo, é essencial levar em conta os fatores psicossociais e incluí-los junto ao tratamento que é chamado “terapêuticas estratégicas para a dor cervical”. O estudo envolveu 448 pacientes com pelo menos um episódio de dor no pescoço entre março e abril de 2006, tendo eles preenchido questionários específicos para essa condição. 44$ dos sujeitos tinham 50 anos ou mais e 80% eram mulheres. Um terço tinha educação básica e outro tanto estava desempregada ou aposentada. 56%, mais da metade delas, referiu dor no pescoço no dia em que completaram o questionário e 26% apresentou dor constante no pescoço durante o ano de 2008. Conforme o resultado baseado nos questionários, 20% apresentava-se com depressão maior e 28% estava ansiosa. Segundo o especialista, em todas as análises, depressão e ansiedade estavam altamente correlacionadas a aumentos dos níveis de cervicalgias. Quando os níveis de depressão e ansiedade se aproximam de ¼ do valor total na escala de dor cervical, os indivíduos com humor deprimido ou ansioso estavam com alta probabilidade de estar no grupo das pessoas com os maiores níveis de dor cervical. O resultado, dizem os pesquisadores, sugerem que o grau de cervicalgia está relacionado ao grau do estresse psicológico. Ou seja, quanto maior a dor cervical nesses pacientes, maior atenção deverá ser dada aos estressores psicossociais como um “fardo adicional”. Dr. Scherer e outros pesquisadores observaram achados consistentes em revisão sistemática recente, onde investigava fatores determinantes e de risco para dor cervical na população geral e encontrou evidência sólida somente para fatores que envolviam a saúde emocional da pessoa.
Segundo a pesquisa, as terapias para o tratamento das cervicalgias crônicas tenderão a ser mais eficazes quando os sintomas psicológicos forem levados em conta, pois já provaram ser ponto central para o desenvolvimento e prognóstico das dores cervicais
BMC Musculoskelet Disord. Published online January 26, 2009.
Reuters Health Information 2009. © 2009 Reuters Ltd.

DEPRESSÃO - como lidar ela nos momentos difíceis?


Como lidar com a depressão na criança?
Até há algumas décadas, ainda se pensava que criança não deprimisse... na verdade, foi só a partir da década de 70, que os transtornos mentais infanto-juvenis começaram a ganhar maior credibilidade no meio científico. Mas até hoje, fazer um diagnóstico de depressão infantil pode ser um grande desafio. Porque nem sempre o quadro se configura como a depressão do adulto. As crianças podem não falar e apenas expressar a sua tristeza adoecendo ou apresentando uma alteração no seu comportamento.
10:00 hs -
A campanhia toca. Eu abro a porta. Glenda entra de cabeça baixa. A babá diz que vai dar uma volta para ver "as modas". Glenda senta no sofá e fica olhando para o vazio por algum tempo. Eu pergunto a ela o que houve, se ela está aborrecida com alguma coisa... Ela diz que não. Pergunto se ela quer jogar. Ela diz que não. Eu digo a ela que eu vou respeitar a vontade dela de ficar calada. Sento na minha cadeira e fico observando Glenda. Vejo uma mancha vermelha e um arranhão em seu antebraço. Fico pensando se aquelas marcas poderiam ter relação com o silêncio da menina. Curiosamente, ela estava sonolenta, quase dormindo no sofá, fato inédito, pois ela sempre chegava pulando e com vontade de brincar. Arrisquei uma pergunta. Esse machucado teria alguma relação com o seu silêncio de hoje? Você poderia me dizer como foi que aconteceu? Glenda me olhou com apatia. Balançou os ombros e virou a cabeça. Depois de um tempo, ela falou: "- Minha mãe gritou comigo, me xingou, berrou, foi horrível. Ela me agarrou pelo braço e me jogou na parede. Estava perturbada. Não adianta mais, tudo o que eu faço para agradá-la dá errado. Ela não confia mais em mim. Eu quero dormir pra sempre. Ela me deu unhada, esse arranhão é a unha dela... Silêncio. Procurei saber da minha pequena paciente o que teria deflagrado tanta violência. Pelo que pude ouvir da menina, nada que fosse significativo para tanto. A mãe havia bebido umas latas de cerveja, o telefone tocou, a mãe se aborreceu no telefone, entrou no quarto da menina e ficou com muita raiva porque ela ainda não estava vestida para vir à sessão. Começou a xingar a filha, a amaldiçoar todo o dinheiro que ela gastava com a menina e que era tudo em vão, pois a filha era uma lerda, uma débil mental e nunca iria ser ninguém na vida mesmo... Diante do pavor da menina, a mãe se exaspera ainda mais e a "chacoalha" pelos braços com força e a joga contra a parede, ....
Casos como esse, a gente não vê só em filmes ou gente muito diferente da gente. Acontece aqui e acolá com pessoas que poderiam ser nossos vizinhos... No caso da Glenda, havia alguns fatores agravantes, como o fato de sua mãe ser deprimida, do alcoolismo da mãe e de uma separação ainda recente. Tudo isso junto vinha causando profundo comprometimento na dinâmica familiar, com gritos, ameaças e agora chegando a agressão física. Glenda estava deprimida, sentindo a falta do pai e com medo das reações e ameaças de sua mãe. Vinha passando por problemas de desatenção na escola e havia feito xixi na cama por uma tres ou quatro vezes após a separação. Foi a gota d`agua para que sua mãe passasse a agir de modo hostil com a filha. E quanto mais isso acontecia, mais deprimida a menina ficava. Chamei a mãe da minha paciente à consulta algumas vezes, mas ela sempre dizia que não podia faltar ao trabalho. Ofereci atendimento à mãe no final de semana, pois eu precisava conversar com ela sobre a sua filha. Tres semanas depois, recebi um bilhete dizendo que ela teria que tirar a filha do tratamento por falta de tempo e de dinheiro...

Acesso de raiva - doença ou frescura?


Acesso de raiva. É possível evitar?
O executivo procura uma pasta contendo documentos importantes, mas não a encontra. Consulta uma funcionária e ela explica que a secretária, recém-demitida, guardara em algum lugar, mas que ninguém sabe. Os documentos são importantes, porque significam a memória viva da firma, são, por isso mesmo, importantíssimos.Sem perceber a importância, a funcionária insiste em minimizar a situação, então o empresário acaba explodindo, sem conseguir conter a indignação, transformada, imediatamente em raiva.Afinal, quem nunca se sentiu no limite, a ponto de explodir por qualquer motivo? Nessa hora, o coração dispara.Mas o ideal, como em quase tudo na vida, é o equilíbrio. Segurando as rédeas de nossas emoções, nos tornamos mais intuitivos, sagazes. Passando a usar a sensibilidade a serviço do sucesso, fazendo dela uma arma poderosa. Em contrapartida, o excesso de tensão, típico dos temperamentos instáveis, bloqueia a capacidade de compreender, e dificulta a resolução dos problemas mais banais.Existe o contraponto ao temperamento do empresário que explode porque uma pasta com documentos importantes simplesmente sumiu. É o da funcionária, que não se contém e chora, enxugando as lágrimas com um único lenço encontrado no fundo da bolsa. Encosta a cabeça nas costas da poltrona da frente para não afogar as lágrimas nos ombros do colega ao lado. Tudo isso além da reprovação dos outros colegas, irritados com os suspiros e soluços.Tudo bem. Você seria insensível se não derramasse uma lágrima sequer assistindo ao filme. Mas chorar diante de um quadro, ao ouvir determinada música, com um anúncio de TV ou ao cruzar com aquele mendigo que corta seu caminho todas as manhãs, fazendo-a sentir-se culpada pelo resto do dia, mesmo que jamais dê uma esmola. Isso pode ser excessivo.“Coisa que antes eram consideradas de fontes de alegria, como casa, marido, filhos, amigos e trabalho, passam a ter um peso insuperável, lamenta a empresária Júnia, 36 anos, casada e que sofre de instabilidade afetiva (designação equivalente para a hipersensibilidade) há três anos. Ela conta que não consegue assistir a uma cena “mais forte” na televisão - e não está se referindo à guerra no Iraque - sem desabar. Uma situação “normal”para a maioria das pessoas pode representar um rio de lágrimas para Júlia: “Pareço uma criança, me sinto ridícula”.Para a psiquiatra e psicanalista Evelyn Vinocur, em linguagem científica, o mal de Júlia tem uma causa: labilidade afetiva. Ou seja, instabilidade afetiva, que se caracteriza por rápidas mudanças emocionais em questão de minutos, ou até segundos. Doença/ frescura? A fronteira entre os dois lados é sutil. Cada caso é singular. Mas sempre que houver prejuízo na qualidade de vida é preciso agir rápido.Uma das alternativas para se sentir melhor é surfar sobre as emoções como se surfa sobre as ondas. Relaxe, conte até 10, tente tomar consciência da confusão (angústia ou alegria) que a domina, e questione a gravidade da situação. Respire calmo e profundamente. Diga para si mesmo que você e quem detém as rédeas das próprias emoções, e não o contrário.Aquele que deveria ser o melhor aniversário de Larissa foi o mais lamentável. Na festa de seus 30 anos, ela causou um grande mal-estar. Mirian, sua melhor amiga, convidou, sem avisar, 20 antigos colegas de colégio, para que cantassem “Feliz Aniversário”. Os pobres coitados se transformaram em uma turma a ser evitada dali para a frente. Ficaram constrangidos com sua fuga intempestiva para o quarto. A surpresa desmoronou-a.Neste tipo de situação, as pessoas muito sensíveis são tomadas por uma “diarréia emocional”. A barragem que retinha as emoções é rompida e todo cuidado é pouco para evitar uma inundação.Marianna, de 18 anos, nunca suportou o novo. Era tomada por um sentimento de apreensão, taquicardia e enrubescimento sempre que era abordada por um rapaz nas festas. Isso também acontecia quando era submetida a uma avaliação, qualquer que fosse. “Tinha uma sensação de congelamento. Parecia que as pernas estavam congeladas, bem como a mente. Ficava boba, sem reação”, conta.Ela não conseguiu concluir o exame do vestibular. Passou mal antes de responder a todas as questões e acabou reprovada. A psiquiatra Evelyn Vinocur acredita que Marianna sofre de ansiedade social. Um transtorno que gera a sensação difusa e desagradável de apreensão que precede qualquer compromisso social novo ou desconhecido. “A pessoa tem a consciência dos sintomas físicos e percepção de estar nervosa diante de uma situação social. Tal sentimento é paralisante e fonte de intenso sofrimento”.Casada, feliz, dois filhos, toda vez que passa o domingo na casa dos pais, Andréa reage a qualquer observação deles aos gritos. A mãe arrisca uma opinião sobre a aparência das crianças, do tipo “elas não estão um pouco magras?” A resposta é uma torrente de desaforos. Ou seja diante de qualquer comentário irritante, seu grau de tolerância é zero, o que faz uma adolescente de 14 anos parecer mais adulta e equilibrada do que ela. É normal ficar irritada com os pais. A relação com eles parece um jogo de guerra: comenta algo, eles replicam, contra-atacam As emoções ficam ainda mais fortes se estiverem condicionadas a lembranças passadas. Em resumo, aos cinco ou 35 anos, as pessoas continuam a sonhar com os pais ideais e ficam irritadas quando não correspondem às suas expectativas. Mas é preciso crescer, perdoar...Mas o primeiro passo para resolver o problema é afastar a idealização. Não esperar nada. Em vez de chegar a casa deles com a esperança que tenham mudado, afirmar a si mesma que tudo vai começar, ainda e sempre. Não adianta tentar. Tente, sim, ter uma visão estratégica, que consiste em antecipar reações. Isto é fácil porque são sempre as mesmas. Use uma tática diferente; se eles dizem alguma coisa, faça um comentário gentil, capaz de desarmá-lo. Desarme-se também.Não confunda as situações descritas com as que ocorrem somente em períodos de ansiedade, depressão, inquietude, falta de sono e disfunção sexual, que fazem parte da vida de todo mundo. Quem, por exemplo, não passou por uma enorme dor-de-cotovelo ou teve vontade de sumir do mapa depois de uma discussão séria?Fatores como insatisfação no trabalho, brigas familiares, separação, dificuldades financeiras, alterações hormonais interferem no bem-estar.Vários são os fatores em que a pessoa busca seus próprios recursos internos para manter o equilíbrio. Se você é uma delas, ótimo. Esse é o caminho. Mas se não consegue melhorar sozinho, não hesite em procurar um especialista. O diagnóstico preciso já representa um ganho de 50%, no tratamento, que pode ser através de psicoterapia, acupuntura, florais - para quem prefere alternativos.Só não pode é sofrer à toa. Ninguém merece, afinal.

DEPRESSÃO - fique atento às comorbidades.


DEPRESSÃO PODE AFETAR MULHERES COM O TDAH
Gostaria de lembrar aos nossos leitores que o TDAH ou Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade é uma condição freqüente, crônica e que pode levar a sérios comprometimentos na vida da pessoa que sofre desse transtorno. O TDAH pode cursar sozinho, em sua forma pura, mas as pesquisas científicas e a prática clínica nos mostram que em 70 a 80% dos casos o TDAH cursa ao lado de outras condições psiquiátricas, em geral uma ou duas. Doenças que se manifestam no mesmo período de tempo são chamadas de comorbidades e precisam ser detectadas e tratadas individualmente por profissionais especializados em Saúde Mental da Infância e Adolescência. A presença de comorbidade(s) geralmente dificulta o diagnóstico podendo confundir o profissional menos experiente e normalmente sugere quadros de maior gravidade. Uma das comorbidades freqüentemente encontradas no TDAH em adultos, adolescentes e crianças é o Transtorno Depressivo Maior (TDM) ou Depressão e é dela que vamos falar nesse artigo. É de suma importância conhecermos bem todos os sinais e sintomas da Depressão para podermos fazer um diagnóstico e tratamento acurados.Os Transtornos Depressivos ou “depressão”, sempre me deixou intrigada, especialmente em crianças e adolescentes. Trabalhar com crianças e jovens emocionalmente comprometidos é um desafio para o médico examinador e por isso mesmo pode ser vivenciado tanto como algo super gratificante como frustrante ou até mesmo fascinante ou confuso.Não é novidade que a doença mental costuma ser sentida como um grande fardo para a família e para todos os que convivem com o seu portador, seja ele criança ou adolescente ou adulto. As maneiras com que cada família vai reagir podem ser as mais variadas. Usualmente, o que observamos, é a família tentar negar o problema e achar que tudo vai ficar bem. Ao longo de um tempo, as expectativas vão se multiplicando e a rejeição ao problema torna a vida diária insuportável. É comum vermos os pais se sentindo muito-culpados ou tentando culpar o cônjuge pelos transtornos que a doença traz. Muitos, numa atitude desesperada, enchem-se de expectativas irreais e exageradas para com os filhos, querendo que eles se transformem no oposto, a custa de muitas brigas, mágoas e ressentimentos. Após um certo tempo, vemos que os pais, sentindo-se exaustos, incompetentes, frustrados e decepcionados, acabam por se tornarem hostis à criança, sentindo-se agredidos por eles e nesse momento irrompe um clima quase insustentável na família, onde a incidência de separações desses pais aumenta muito, assim como a pressão que e feita sobre a criança, que a essa altura já incorporou uma falsa autoimagem negativa, com sentimentos de insuficiência, fracasso global, rejeição, incompreensão, tristeza e desesperança, sentimentos esses, significativos. Usualmente, é nesse momento, onde a dinâmica familiar encontra-se desestruturada e caótica, que pode advir um transtorno depressivo – que pode se manifestar de modos distintos, seja com o quadro clássico de humor deprimido, retardo psicomotor, sentimentos de tristeza profunda, desalento, desamparo, morte e etc., ou seja como sintomas de irritabilidade, mau humor, agitação, agressividade, falta de energia, etc. e que muitas vezes se sobrepõem aos sintomas do TDAH.Nesse artigo abordaremos a DEPRESSÃO (TRANSTORNO DEPRESSIVO), em virtude da alta freqüência com que a comorbidade Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade-Depressão é observada na prática diária.
A Depressão é um distúrbio tão grave, tão incapacitante, tão devastador e ao mesmo tempo tão ignorado por médicos, familiares e até mesmo pelos próprios portadores. Mas é fato que transtornos que se caracterizam por serem internalizantes, ou seja, “silenciosos” e que portanto não incomodam as pessoas, têm muito mais chance de serem passadas “ao largo”, isto é, distante dos olhos dos profissionais clínicos e mesmo os de saúde mental.Incrível, pois a Depressão é uma condição neurobiológica grave, deletéria e altamente prevalente na população geral. Segundo estudo epidemiológico feito no Brasil, sua prevalência ficou em 15,5% da população. Se formos fazer uma média de prevalência no mundo, a depressão atinge aproximadamente uma a cada dez pessoas, acometendo mais de 340 milhões de indivíduos. Levantamento feito pela OMS, Organização Mundial de Saúde, mostrou prevalência ao longo da vida de 16,8% para depressão, 4,3% para distimia e 1,5% para transtorno bipolar. Mulheres apresentam um risco duas vezes maior que os homens de apresentar um transtorno depressivo.O problema se caracteriza por altos graus de autodepreciacão, culpa, auto-estima e autoconfiança baixas, apatia, falta de prazer nas atividades de um modo geral, alterações do apetite e do sono, sentimento de desamparo e desesperança, solidão, entre outros, levando a altas taxas de suicídio ao ano. Para não falar na redução da performance profissional, da decadência laborativa, do absenteísmo, entre outros, fazendo da depressão um dos mais devastadores transtornos de saúde pública do mundo, com a qualidade de vida seguindo uma espiral decrescente ao longo da vida.A pessoa deprimida pode ficar inquieta, impaciente, intolerante, desatenta e desconcentrada, denotando claros prejuízos cognitivos. E é nessa hora que o profissional precisa ser experiente, para fazer o diagnóstico diferencial com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade ou TDAH.É fundamental que o profissional seja experiente no assunto pois muitas outras doenças podem ser reflexos da depressão e normalmente costumam ser interpretadas como “tristeza”. Lembrar também que a Depressão se manifesta por sintomas emocionais e físicos e gera, ao longo de um tempo, uma exaustão física e mental, fragilizando o nosso sistema imunológico, fazendo com que outras patologias possam se instalar no nosso organismo. Daí ser tão importante o profissional saber distinguir entre doença primária e comorbidade. É lamentável que nos dias de hoje, muitos pacientes deprimidos passem por serviços de saúde primária e saiam sem diagnóstico.A tonalidade do transtorno é sorrateira, podendo evoluir por anos camuflada em outros sintomas como fibromialgia, dores no corpo, asma, gastrite e outras doenças somáticas. Hoje em dia vemos profissionais das mais diversas especialidades tratando as depressões mais “típicas”, muito embora deixando passar desapercebidamente os casos leves, pela falta do hábito do médico na abordagem de sintomas emocionais. E o paciente deprimido, quer seja por esquecimento, apatia ou anergia, também não comente sobre o seu estado emocional e a situação vai piorando gradativamente. nos dias de hoje, muitos pacientes deprimidos passem por servicos ias se instalem no nosso organismo. Falta, ainda, na maioria das faculdades de medicina, o ensinamento dentro das especialidades clínicas do embasamento suficiente em psiquiatria para profissionais que não se especializam na área. E mesmo dentro da própria população a “depressão” ainda é vista como uma fraqueza, uma fase temporária, falta de esforço e de força de vontade, entre outros, e não como uma condição clínica real. Ao contrário de uma enfermidade clínica, a depressão afeta no paciente o sentido de si mesmo. Isso provoca medo e insegurança. O próprio paciente reluta em informar seus sintomas ao médico", por medo de estar “ficando louco”.Reduzir todo o desagravo gerado pela depressão requer tempo e mudança, até mesmo mudanças de ordem cultural. É preciso entender e saber reconhecê-la em seus mais diversos graus. A depressão não é só uma doença da alma. É um transtorno mental de ordem neurogenética e neuroquímica.
QUADRO CLÍNICO / SINTOMATOLOGIA –
1- ALTERAÇÕES NA AFETIVIDADE –- humor deprimido ou irritabilidade, desproporcionais ao estímulo- anedonia (falta de prazer geral), antecipação do desprazer- apatia, abulia- desinteresse, desmotivação- sentimentos de cunho negativo, diminuição da auto-estima e autoconfiança, tristeza, “vazio”, auto-recriminação, autocomiseração, culpa, insegurança, etc.- falta de vontade, falta de iniciativa, disfunção executiva.
2- ALTERAÇÕES NA PSICOMOTRICIDADE –- retardo psicomotor, falta de energia- preguiça ou cansaço extremo- lentificação do discurso e do pensamento- indecisão- queixas de falta de memória- agitação, predomínio de tensão- falta de vontade e de iniciativa
3- ALTERAÇÕES NAS FUNÇÕES COGNITIVAS –- tríade depressiva negativa (avaliações negativas acerca de si mesmo, do mundo e do futuro)- temas recorrentes como ruminacões, privação, perda, morte, desamparo, doença, ruína financeira, aumento desproporcional das preocupações- delírios congruentes com o humor envolvendo saúde, moral, relacionamentos e finanças, ou incongruentes com o humor, tipo persecutório.
4- SINAIS E SINTOMAS VEGETATIVOS –- aumento ou diminuição do apetite- diminuição da libido- dores, sintomas físicos difusos- desregulação circadiana da temperatura corporal, do ciclo sono-vigília e da secreção de cortisol
SUBTIPOS DE DEPRESSÃO
1 – LUTO – é um sentimento normal, compreensível e que faz parte da nossa vida. Dizemos que um luto normal pode levar até um ano. Depois, torna-se patológico, demandando intervenção psicológica e farmacológica, pois em 5% dos casos o quadro pode evoluir para um transtorno depressivo.
2 – DISTIMIA – é um quadro mais leve e crônico. As alterações do humor estão presentes na maior parte dos dias, todos os dias, por no mínimo 2 anos e não preenchem critérios para um episódio depressivo ou transtorno depressivo recorrente, tanto pela gravidade e duração dos sintomas. Pode haver oscilações do humor mas a prevalência é de um estado de cansaço e desânimo na maior parte do tempo. Os distímicosgeralmente se mostram excessivamente preocupados e com sentimento persistente de inadequação diante da vida, mas não costumam ter alterações na libido, apetite e na parte psicomotora. Podem somatizar, e costumam queixar-se de letargia, inércia, anedonia (falta de prazer nas coisas) e piora matinal. 25% a 50% dos adultos distímicos podem apresentar latência do sono REM diminuída, maior densidade de sono REM, sono de ondas lentas reduzido e prejuízo na continuidade do sono. Na maior parte dos casos, a distimia se inicia na adolescência ou no princípio da idade adulta. Mais de 90% dos distímicos evoluem para um episódio de transtorno depressivo maior, o que corresponde a um prognóstico desfavorável e com menor probabilidade de remissão completa dos sintomas depressivos e uma maior tendência à resistência aos tratamentos.
3 – DEPRESSÃO MELANCÓLICA – ou endógena (termo não usado mais) caracteriza-se pelo predomínio de sintomas somáticos, vitais ou biológicos, como a perda de interesse ou prazer em atividades que antes gostava, piora matinal, falta de reatividade do humor, retardo psicomotor, perda importante do apetite e perda de peso. Recentemente, o retardo psicomotor foi o sintoma caracterizado como “marcador” da melancolia, sendo um achado necessário e suficiente para o seu diagnóstico.
4 – DEPRESSÃO ATÍPICA – apresenta uma inversão dos sintomas somáticos como aumento de apetite e ou ganho de peso, dificuldade para conciliar o sono, hipersônia maior que 10hs/d ou 2hs a mais do que quando não deprimido, sensação de corpo pesado ou “paralisia de chumbo”, sensibilidade exacerbada à rejeição interpessoal e reatividade do humor nos diversos ambientes. Estudos mostram que pacientes com depressão atípica evoluem mais freqüentemente para Bipolares tipo II e têm história familiar de bipolaridade.
5 – DEPRESSÃO SAZONAL – inicia-se recorrentemente no outono/inverno com remissão na primavera, sendo incomum no verão. Esses episódios devem repetir-se por 2 anos consecutivamente sem episódios não-sazonais durante esse período. A depressão sazonal pode cursar nos padrões de um transtorno depressivo maior, transtorno bipolar tipos I ou II ou transtorno depressivo recorrente. Observar se há estreita correlação temporal entre o início dos episódios e a estação do ano, outono/inverno. A prevalência é maior entre jovens que vivem em maiores latitudes. Os sintomas mais comuns são letargia, diminuição de atividade, isolamento social, diminuição da libido, hipersônia, aumento do apetite, “fissura” por carbohidratos e ganho de peso. Alguns portadores podem sentir-se com mais energia na primavera, ficando mais ativos e sociáveis e com aumento libido, menos necessidade de sono, redução do apetite e perda de peso. Assim, esses tipos de quadros sugerem episódios hipomaníacos e portanto poderiam ser classificados como bipolares tipo II.
6 – DEPRESSÃO PSICÓTICA – é um quadro grave, com a presença de delírios e alucinações. Os delírios podem ser congruentes com o humor, por exemplo, idéias de ruína, pecado, doença sem cura, pobreza, desastres e outros. As alucinações auditivas são geralmente acusatórias e depreciativas e as alucinações olfativas ocorrem como um odor putrefato. 14 a 25% das depressões são depressões psicóticas. É mais comum em mulheres.

DEPRESSÃO - a dor e a alegria de todos os dias.


Viva a democracia! Pelo menos a depressão é democrática. Pelo menos isso... Hoje eu estava assistendo ao noticiário. Cheguei a pensar em não ver mais o noticiário. Todo dia é tudo igual. Quanta notícia ruim! Crises, demissões em massa, brasileiros no Japão sem dinheiro pra voltar pro Brasil, avião sem freio dianteiro que tem que ficar sobrevoando 2hs pra gastar combustível no ar e pousa "de bico", o policial que mata e degola suas vítimas, que mata gente doente por engano, multas, mosquitos da dengue crescendo nos bairros da cidade, excesso de chuva em alguns lugares, seca desastrosa em outros, desempregos, criminosos, e por aí vai. Se eu ficar aqui escrevendo, eu vou escrever até o ano que vem... Mas por outro lado, eu vi a pessoa mais idosa do mundo, uma senhorinha que faz 129 anos hoje! Vi a alegria do povo dançando música de carnaval na praia, vi gols, vi o bloco das mulheres do Chico (Buarque) e amanhã, gente, é dia de festa, pois a nossa cidade maravilhosa completa 444 anos! Viva nós!

Mãe que compete com a filha pode causar depressão na família.


"- Um dia desses, eu estava dirigindo, voltando para casa e de do nada, devarinho, umas lembranças vieram à minha mente... engraçado, mas frequentemente, quando eu estou dirigindo, pensamentos me vêm na cabeça. Verinha, nossa, mal posso lembrar da expressão de surpresa e horror, que eu acho que devo ter feito, quando ela me mostrou seus braços, todos cortados... logo depois me veio outra cena na mente, a de Silvia, a filha "louca" e rejeitada pela mãe, que acabava com todas as suas "economias". Um dia eu fui atender a Sílvia na casa dela, pois havia quase 20 dias que ela não saía do quarto escuro. Sílvia queria morrer. Bem que havia tentado umas duas vezes. Todo o tempo em que fiquei lá, a mãe não parou de criticá-la e ofendê-la, humilhá-la e compará-la com a outra filha, que só dava alegria em casa... O sinal fechou. Uma criança com o uniforme da escola atravessou a rua com a mãe. Alguma coisa ele disse, porque ela deu um tapa nele e um beliscão no seu braço! Nossa, que coisa! O sinal abriu. Olhei pelo retrovisor e a criança estava aos berros. Me veio o Helio na lembrança. Menino magro, olhos grandes e aflitos, transbordava desespero e agonia. Aperto no peito. Dor na barriga. A mãe grávida, fumando e reclamando do filho, que não só queria dormir e não ia mais pra escola. Quase ao mesmo tempo, pensei na Cíntia, que jogara uma pedra pesada nas costas de sua mãe. Nossa, eu pensei, quanta coisa a gente passa nessa vida... e entre um pensamento e outro, de repente, eu me vi chegando em casa. Estacionei o carro e me dirigi ao elevador."


Sentimentos e emoções fazem parte da nossa vida, mas deprimir não é pra qualquer um. É preciso que tenhamos predisposição genética para isso. Os afortunados - que nascem com genética "boa" e "forte", vão precisar de muitos fatores estressores para conseguirem deprimir, ao passo que os que nascerem com uma genética "carregada", vai viver num equilíbio instável - e a qualquer sopro: deprime. Mas fique calmo, nada como um dia após o outro. Como as coisas mudam! Quantas pessoas eu atendi que passaram por anos tão ruins, com tantos problemas de toda ordem, e que hoje estão tão bem, sorrindo e vendo graça na vida novamente! Eu sempre digo: a gente nunca pode se desesperar. A vida sempre apronta, apontando um novo caminho, uma nova luz, um bom vento... O tratamento vai fazendo você juntar gotinhas de resiliência daqui, riscas de superação dali, e quando você menos espera, a vida vai se abrindo, as cores vão ficando mais brilhantes, a melodia passa a fazer bem ao seu ouvido e ver as pessoas na praia, sorrindo e felizes também passa a te fazer bem de novo! Persistir. Jamais desistir. Quase todo dia eu me deparo com vencedores e vencedoras da vida. Gente que não abriu mão de viver. E que hoje vive com muito prazer.

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

QUESTIONÁRIO AUTO-APLICATIVO PARA AVALIAR SUAS TRAÇOS DE BIPOLARIDADE


Você pode ser bipolar?


Responda às perguntas abaixo e descubra se você tem algum grau de bipolaridade

1. Você se considera com muitos altos e baixos de humor?

2. Precisa estar sempre fazendo algo ou buscando coisas novas?

3. Já teve vários momentos de apatia ou tristeza sem motivo aparente?


EM COMPARAÇÃO COM OUTRAS PESSOAS VOCÊ...

1. ...já ficou muito alegre e radiante ou irritável sem motivo aparente?

2. ...já teve fases com muitos planos, falando mais rápido, alto e bastante?

3. ...já se arriscou demais em alguns momentos?

4. ...já teve fases ou dias de se vestir de um jeito bem mais chamativo?

5. ...gasta mais dinheiro com prazeres, futilidades ou aparência?

6. ...apresenta mais dificuldade para manter as coisas em ordem e tende à dispersão?

7. ...já teve impulsos exagerados em relação a comida, drogas, sexo ou compras?

8. ...já teve momentos de maior confiança em que se sentiu muito especial?

9. ...muda de planos e objetivos com extrema facilidade?

10. ...demonstra instabilidade profissional ou nos relacionamentos afetivos?

11. ...tende a se magoar ou a se irritar quando alguém o critica ou desagrada?

RESULTADO
:

Se você marcou de uma a três respostas "sim", é pouco provável que tenha algum grau de bipolaridade.

De quatro a sete respostas "sim", é provável que você tenha algum grau de bipolaridade.

Oito ou mais respostas "sim" indicam que é muito provável que você tenha algum grau de bipolaridade.

Reflita e, se for o caso, procure ajuda.

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

TERAPIA DE GRUPO GRATUITA PARA ADULTOS COM TDAH E OU TRANSTORNO BIPOLAR


Apesar de serem condições cientificamente validadas no mundo inteiro, o TDAH ou transtorno de deficit de atenção e hiperatividade ainda é muito pouco conhecido e consequentemente, pouco diagnosticado e adequadamente tratado. Adultos com TDAH em sua forma pura tem os sintomas de desatenção e impulsividade melhorados com o metilfenidato (Ritalina, Ritalina LA e o Concerta). O problema é que em cerca de 70% dos casos, o TDAH apresenta comorbidades, ou seja, outros transtornos psiquiátricos que aparecem junto com o TDAH e agravam o problema e dificultam o tratamento. De igual modo, as famílias precisam ser tratadas também, pois elas geralmente não entendem e não aceitam o transtorno como uma doença a ser tratada e muitos familiares insistem em achar que é molecagem, que já virou vício, que é pirraça, falta de vontade, preguiça ou porque o portador só quer mesmo é uma mansa e "viver na sombra e água fresca"...O número de desavenças conjugais auemnta muito, muitos pais saem de casa, passam a morar em outro bairro ou cidade próxima ou alguns somem de vez... por não aguentarem uma carga tão grande de conflitos e culpas. A família muito frequentemente se desestrutura, os conjuges culpam o outro conjuge, que revida em contra-partida... Quando as crianças vao ficando adolescentes e adultos jovens, o estrago na vida daquela familia pode ser total. A comparação é inevitável, e a autoestima daquele jovem fica realmente destroçada. Muitos pais acabam por optar que o filho more sozinho, tamanho o sofrimento que reina na família. No caso do transtorno bipolar, doença grave, séria e que pode cursar com fases depressivas e de euforia, o caso é mais sério ainda. E o TDAH e o Transtorno Bipolar podem cursar ao mesmo tempo, inclusive como comorbidade. Sob alguns pontos, os dois problemas se parecem muito. Na tentativa de ajudar portadores e familiares desses dois transtornos, uma psicoterapia de grupo para homens, adultos, com tdah ou transtorno bipolar, de 19 a 40 anos, foi aberto em vila isabel, no Rio deJaneiro. É coordenado pela Dra Evelyn Vinocur e a psicóloga Rita Tavares e é realizado semanalmente. Em paralelo, as famílias desses pacientes são acompanhadas pelas profissionais. O trabalho em grupo traz benefícios impressionantes, um "up-grade" ao tratamento, tanto como a terapia com os familiares se torna imprescindível. É como se o psiquiatra, o paciente e a família estivessem todos em um barco e todos tivessem que remar. Se a força de cada um não ficar em sintonia com a dos demais, o barco nao vai navegar satisfatoriamente, pode até ficar andando em círculos. Por isso, a Dra Evelyn Vinocur está bastante esperançosa com os resultados desse primeiro grupo. Ela espera que o retorno seja bem gratificante. É importante ressaltar que o grupo precisa ser homogeneo e que o perfil de cada participante seja parecido com os dos outros, para que o trabalho renda melhor. A terapia é a cognitivo comportamental e vamos procurar focar nos problemas que mais ocorrem nesses transtornos. Alguns pontos a serem trabalhados serão o Treino de Habilidades Sociais, Resolução de problemas, Leitura com foco mais prolongado, Assertividade, Auto-Motivação, Resiliência, planejamento de metas e como manejar melhor o tempo. O atual grupo é fechado e tem 5 participantes. Duração em torno de 4 meses.

Mais detalhes? podem postar nos comentários, que eu explico mais detalhes e os critérios de seleção para novos grupos.

XX CONGRESSO DA ABENEPI SOBRE INFANCIA E ADOLESCENCIA


10 a 13 de junho de 2009 - Campinas - SP


Em Junho deste ano a ABENEPI realizará seu XX Congresso Nacional. Por isso deixamos disponível abaixo os links do website da ABENEPI e também do website especial preparado para o Congresso. Caso não escolha nenhum dos links, em alguns segundos você será redicecionado automaticamente para o website do Congresso.Agradecemos sua visita.Participe de nossos eventos.História da Associação, notícias, novos associados, cadastros de profiissionais,links, boletim informativo, endereço das sedes e contatos.Tudo sobre os preparativos para o XX Congresso Nacional da ABENEPI. Ficha de Inscrição. Envio de trabalhos e informações sobre os temários e sobre os palestrantres.


segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

DEPRESSÃO NA INFANCIA E ADOLESCENCIA


Depressão
Os transtornos afetivos ou transtornos do humor se constituem cada vez mais em fonte de significativa de preocupação para a sociedade como um todo. Descrições médicas de transtornos de humor na literatura são encontradas na literatura desde 5000 anos atrás e vêm sendo mais bem compreendidos ao longo do tempo, graças à maior experiência clínica, estudos de genética, neuroimagem e neuropsicologia, entre outros, fazendo com que a depressão se firmasse como entidade clínica e diagnóstico médico incontestável. Entretanto, muito há que ser compreendido sobre a etiopatogenia da depressão, uma vez que ela é uma doença essencialmente humana, não havendo ainda, meios plenos dela ser compreendida fora do contexto humano (Bueno R, 2006).
É sabido que diagnosticar depressão nem sempre é uma tarefa fácil. Muito menos quando se trata de diagnosticar depressão em crianças e adolescentes. Vive-se hoje uma era globalizada, com uma pletora de meios de informação, onde o indivíduo tem muito mais acesso as informações sobre as distintas patologias médicas, se informando mais e melhor sobre os seus sintomas. Com isso, não raro, muitos pacientes ou mesmo os pais já chegam autodiagnosticados ou com o diagnóstico “pronto” do filho aos consultórios, sejam universitários ou privados. Muitos, inclusive, chegam munidos de questionários de auto-avaliação já preenchidos, que imprimem na internet ou através de revistas.
A depressão é vista como uma doença crônica na qual o indivíduo pode apresentar diversos sintomas depressivos e em diferentes graus de intensidade. Muitas vezes se inicia na infância ou adolescência, com curso prolongado, podendo eventualmente persistir por toda a vida. É sabido que a maioria dos pacientes deprimidos relata o início dos sintomas depressivos desde a infância. Por se tratar de uma patologia grave e reconhecidamente cíclica, sabe-se hoje que a depressão de início precoce necessita de cuidados o quanto antes, para que se evitem prejuízos no desenvolvimento e no funcionamento global de uma criança (Yorbik et al., 2004).

Depressão infanto-juvenil
Sabe-se que existe uma tendência natural em se pensar na infância como um período feliz, livre de preocupações ou responsabilidades, apesar das pesquisas mostrarem que as crianças também sofrem de depressão. Até o momento é consenso geral entre pesquisadores e clínicos que crianças e adolescentes podem deprimir (F I. Lee, 2007), apesar da pouca concordância que existe em relação à natureza e a estrutura dos sintomas depressivos nessa população, que costumam se apresentar de modos distintos para as diferentes faixas etárias (Birmaher et al, 2004; González-Tejeras et al., 2005), tornando o reconhecimento dos sintomas um desafio para muitos especialistas. Sentimentos de tristeza em função de perdas ou manifestações de raiva decorrentes de frustração são na maioria das vezes reações afetivas normais e passageiras e não requerem tratamento. Porém, dependendo da intensidade, persistência e presença de outros sintomas concomitantes, a tristeza e a irritabilidade podem ser indícios de quadros afetivos em crianças e adolescentes. Sintomas disfóricos do dia-a-dia não apresentam conotação psiquiátrica e ocorrem como uma resposta afetiva aos eventos cotidianos, com quadros breves e que não comprometem as condutas adaptativas das crianças (Fu- I L, 2007).
Estudos mostram que a síndrome depressiva pode variar em função do funcionamento cognitivo, habilidade social e grau de desenvolvimento biológico de cada criança que, por sua vez, apresenta dificuldades para nomear, reconhecer e demonstrar seus próprios sentimentos (Weiss e Garber, 2003; González-Tejeras et al., 2005; Luby et al., 2006).
Sabemos hoje que a idade de uma criança e o grau de desenvolvimento psíquico exercem papel importante nos sintomas e manifestações clínicas da depressão (Weller EB 1992; Castel S, 1997). Assim, nos primeiros anos de vida, onde ainda não há a aquisição plena da linguagem verbal, devemos estar atentos à expressão facial e à postura da criança, já que nesse período ela pode não ter condições de relatar seus próprios sentimentos e emoções.
O lactente pode evidenciar retraimento social, desânimo e desinteresse em atividades de lazer, bem como apatia, inapetência e pouca resposta a estímulos sensoriais, como por exemplo, o abraço (Luby et al., 2003). Mas ele pode ser do tipo que chora muito e que é difícil de ser consolado, ou ainda aquela criança nitidamente irritada, agressiva e inquieta, com alternâncias do humor, desde tristeza profunda a momentos de descontrole e raiva, com as chamadas “tempestades afetivas”. No primeiro ano de vida, a perda de habilidades já adquiridas, como regressão da linguagem, ecolalia e enurese, é freqüente. Dos dois aos cinco anos, é comum a dependência excessiva, com ansiedade de separação, pouco controle dos impulsos, irritabilidade ou instabilidade emocional. A partir dos três aos quatro anos, as crianças devem ser entrevistadas face a face, para que se possa obter, com as informações fornecidas pelos pais, um histórico completo e uma definição de diagnóstico confiável (Fu- I, 1996).
Crianças até seis anos, na pré-escola, quando deprimidas, não raro estão com o peso abaixo da média para a idade e apresentam a fisionomia triste ou de seriedade, irritação, inapetência, agitação psicomotora ou hiperatividade, insônia com ansiedade, balanceios, estereotipias e agressividade contra si mesmo ou contra terceiros (Fu–I et al., 2000). Podem manifestar cansaço intenso com falta de energia, anedonia, com perda do prazer e do interesse em atividades que antes gostava e até para brincar (Luby et al., 2006) . Comumente queixam-se de sentimento de tédio e de que nada presta e tudo é chato. Queixas somáticas vagas e inespecíficas como dor de cabeça, dor muscular e ou abdominal são freqüentes e correspondem a sentimentos de angústia e sofrimento emocional (Luby et al., 2003).
Na idade escolar, as crianças deprimidas, além de aparentarem tristeza, se mostram irritadas e emocionalmente instáveis. Podem manifestar indiferença afetiva, e não ter reação a estímulos, seja eles positivos ou negativos. É comum a anedonia com isolamento social e familiar voluntários. Sintomas clássicos da depressão como lentidão de movimentos, voz lenta, monótona e monocórdica, e a expressão de sentimentos de desesperança e sofrimento emocional são mais comuns nessa idade, mas é importante ressaltar que agitação psicomotora, hiperatividade e pouco controle dos impulsos também são sintomas freqüentes nessas crianças, fato que pode confundir o diagnóstico quando feito por especialista não experiente no assunto. O aumento da distraibilidade e a dificuldade de memorização são comuns e levam a uma piora do desempenho escolar.
Kovacs et al.(2003) dão ênfase à investigação de disforia, que é a anedonia associada a mudança de humor, em desproporção ao estímulo, para o diagnóstico de depressão maior em crianças de idade escolar. A perturbação de crianças frente a estímulos e a hiper-reatividade hostil e agressiva nem sempre são valorizadas como sendo a expressão de um sofrimento, nessas crianças.
Segundo Lee Fu-I, em crianças e adolescentes, as súbitas mudanças de comportamento não justificadas por fatores de estresse são de extrema importância e devem sempre ser valorizadas e investigadas como sendo sintomas potencialmente depressivos. A irritabilidade é um sintoma freqüente, embora pouco específico na psiquiatria da infância, podendo ser visto em crianças normais, mas é um sintoma realmente comum entre crianças e adolescentes deprimidos. (Fu-I et al., 2000). A irritabilidade torna-se patológica quando qualquer estímulo é sentido como perturbador e a criança ou adolescente apresenta hiper-reatividade de característica desagradável, hostil e eventualmente agressiva (Dalgalarrondo P, 2000). Alterações do humor com forte componente de irritação, amargura, desgosto ou agressividade se constituem em quadros disfóricos que podem estar presentes nos transtornos afetivos. Provavelmente, por conta de estarem em desenvolvimento, as crianças não tem capacidade par compreender o que acontece internamente e, com freqüência, apresentam comportamento agressivo (Curatolo, 1999). Portanto, é fundamental que crianças e adolescentes que apresentem mudanças súbitas de comportamento e não justificadas por fatores de estresse não passe pelo especialista sem que o mesmo pense na possibilidade de depressão. Em Psiquiatria da Infância e Adolescência é comum que crianças com alterações do humor do tipo disfórico, antes adequadas e adaptadas socialmente possam passar a apresentar condutas irritáveis, destrutivas e agressivas, com violação de regras sociais anteriormente aceitas, como parte do quadro depressivo.
Lamentavelmente, o que se vê na prática diária é o predomínio de reações defensivas e hostis por parte dos familiares, educadores e outros profissionais da área de saúde, que, ignorantes da situação, acabam interpretando a irritabilidade da criança de modo errôneo e simplista, na maioria das vezes.
É sabido que crianças deprimidas geralmente têm auto-estima baixa e que falam de si mesmas de modo negativo, se achando ruins, tontas e se sentindo fracassadas e preteridas pela família, muitas vezes com a certeza de que ninguém se preocupa com elas. A culpa pode ser entendida pela fala de que tudo está errado por causa da sua existência ou na de que ela deve ser punida ou que seria melhor morrer (Mesquita e Gilliam, 1994). A relação entre o apetite e o peso na depressão pode variar, desde perda de peso até o seu ganho, muitas vezes chegando a graus importantes de obesidade. Igualmente, queixas de pesadelos ou de despertares noturnos são freqüentes, bem como insônias acompanhadas de ansiedade ou rituais noturnos. O aumento da distraibilidade e a dificuldade de memorização são comuns e levam a um comprometimento do desenvolvimento escolar, podendo confundir a depressão com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (Yorbik et al., 2004; González-Tejeras et al., 2005), transtorno comum em crianças e adolescentes, cujos sintomas cardinais são a desatenção, hiperatividade e impulsividade, com promoção de piora no rendimento escolar.
Os adolescentes deprimidos relatam claramente sentimentos depressivos como a desesperança e a dificuldade de concentração e freqüentemente se mostram irritados e hostis. A desesperança, descrença e a sensação de que as coisas jamais mudarão podem levá-los a tentar o suicídio. Aumento ou diminuição do peso, apetite e da quantidade de sono podem variar, bem como é visto graus variados de falta de energia e desinteresse pelas atividades antes prazerosas. Isolamento social voluntário, hipersensibilidade ao fracasso, rejeição e frustração , bem como a falta de perspectivas e expectativas de futuro também são freqüentes. Igualmente, o uso e abuso de substâncias psicoativas é comumente observado nesses casos e pode estar relacionado a “autotratamento ou automedicação”, para o alívio da dor causada pela depressão (González-Tejeras et al., 2005).
Pensamentos de suicídio, vontade de morrer ou planejar a própria morte são encontrados em todas as idades, mudando apenas os graus de intensidade e freqüência, sendo menos freqüente em crianças e mais comum nos adolescentes e devem ser abordados sempre e em qualquer idade (Liu et al., 2006).
Utiliza-se os mesmos critérios diagnósticos para criança, adolescentes e adultos. Entretanto, o reconhecimento e diagnóstico de depressão são mais difíceis na Infância e Adolescência, principalmente porque eles podem ter dificuldade em reconhecer e nomear seus próprios sentimentos.
Cumpre ressaltar que cerca da metade dos casos de transtornos afetivos têm um outro diagnóstico psiquiátrico em comorbidade, como por exemplo, algum tipo de transtorno de ansiedade. A associação desses dois transtornos é tão grande que sintomas de ansiedade na infância podem ser sinal preditivo mais eficiente par depressão do que para transtornos de ansiedade (Birmaher B, 1997).
Cumpre lembrar que adolescentes do sexo feminino têm maior risco de desenvolver depressão do que os do sexo masculino. Em casos de depressão na infância, observa-se história familiar de depressão com início precoce. Estressores psicossociais, presença simultânea de outros transtornos psiquiátricos ou doença crônicas são fatores doença risco para desenvolvimento de depressão em crianças e adolescentes.

Conclusão
Os transtornos afetivos podem ocorre na Infância e Adolescência. o diagnóstico e o tratamento precoces podem mudar o futuro de uma criança, evitando prejuízos ao desenvolvimento e favorecendo a elaboração de vivencias relacionadas aos transtornos afetivos
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sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Transtorno Bipolar na Infância - um desafio que gera muita polêmica




Transtorno Bipolar - aumenta o número de casos diagnosticados
The New York Times
por Benedict Carey

The number of American children and adolescents treated for bipolar disorder increased 40-fold from 1994 to 2003, researchers are to report on Tuesday, in the most comprehensive study to look at the controversial diagnosis. And experts say the numbers have almost certainly risen further in the years since. Most experts believe the jump reflects the fact that doctors are more aggressively applying the diagnosis to children, not that the number of new cases has gone up. But the magnitude of the increase is surprising to many experts, who say it is likely to intensify a debate over the validity of the diagnosis that has shaken the field of child psychiatry in recent years. Bipolar disorder is characterized by extreme mood swings and, until relatively recently, it was thought to emerge only in adulthood. Some psychiatrists say that the disorder is too often missed in children, and that increased awareness — reflected in the increasing use of the diagnosis — is now allowing youngsters who suffer from it to get the treatment they need. But others argue that bipolar disorder is overdiagnosed. The term, they say, has become a diagnosis du jour, a catch-all now applied to almost any explosive, aggressive child. Once children are labeled, these experts add, they are treated with powerful psychiatric drugs that have few proven benefits in children and potentially serious side-effects, like rapid weight gain. The spread of the diagnosis has been a boon to drug makers, according to these experts, because treatment typically includes medications that can be three to five times more expensive than those prescribed for other disorders, like depression or anxiety. “I think the increase shows that the field is maturing when it comes to recognizing pediatric bipolar disorder, but the tremendous controversy reflects the fact that we haven’t matured enough,” said Dr. John March, chief of child and adolescent psychiatry at Duke University’s school of medicine, who was not involved in the research. “From a developmental point of view, we simply don’t know how accurately we can diagnose bipolar disorder, or whether those diagnosed at age 5 or 6 or 7 will grow up to be adults with the illness,” he said. “The label may or may not reflect reality.” Most children who qualify for the diagnosis do not go on to develop the classic features of adult bipolar disorder, like mania, researchers have found. They are far more likely to become depressed. But Dr. Mani Pavuluri, director of the pediatric mood disorders program at the University of Illinois, Chicago, said that label is often better than any of the other diagnoses that difficult children often receive. “These are kids that have rage, anger, bubbling emotions that are just intolerable for them, and it is good that this is finally being recognized as part of a single disorder,” to better tailor treatment, she said. In the study, researchers from New York, Maryland and Madrid analyzed data from a National Center for Health Statistics survey of office visits, which focused on doctors in private or group practices. The researchers calculated the number of visits in which doctors recorded a diagnosis of bipolar disorder, and found that the numbers went up from roughly 20,000 such diagnoses in 1994 to about 800,000 in 2003 “I have been studying trends in mental health services for some time, and this finding really stands out as one of the most striking increases in this short a time,” said Dr. Mark Olfson of the New York State Psychiatric Institute at Columbia University, the senior author of the study, which appears in the September issue of Archives of General Psychiatry, which is to be published Tuesday. The increase makes bipolar disorder more common among children than clincial depression, the authors said. The study found that psychiatrists made almost 90 percent of the diagnoses, and that two-thirds of the young patients were boys. About half the patients also had been identified as having other mental difficulties, most often attention-deficit disorder. The treatment given the children almost always included medication. About half received antipsychotic drugs, like Risperdal from Janssen or Seroquel from Astrazeneca, both developed to treat schizophrenia; a third were prescribed so-called mood stabilizers, most often the epilepsy drug Depakote; and antidepressants and stimulants were also common. Most children were on some combination of two or more drugs, and about four in 10 received some psychotherapy. Their regimens were very similar to those of a group of adults with bipolar diagnoses, the study found. “You get the sense looking at the data that doctors are generalizing from the adult literature and applying the same principles to children,” Dr. Olfson said. The rise in bipolar diagnoses in children reflects several factors, experts say. Bipolar symptoms do appear earlier in life than previously thought, in teenagers and young children who later develop the full-blown disorder, recent studies suggest. The label also gives doctors and desperate parents a quick way to try to manage children’s rages and outbursts, in an era when long-term psychotherapy and hospital care are less accessible, they say. In addition, in recent years drug makers and company-sponsored psychiatrists have been encouraging doctors look for the disorder, ever since several drugs were approved to treat the disorder in adults. Last month the Food and Drug Administration approved one of these medications, Risperdal, to treat bipolar in children — which many experts say they expect will escalate the use of Risperdal and similar drugs in young people. “We are just inundated with stuff from drug companies, publications, throwaways, that tell us six ways from Sunday that, ‘Omigod, we’re missing bipolar,’ ” said Dr. Gabrielle Carlson, a professor of psychiatry and pediatrics at Stony Brook University School of Medicine on Long Island. “And if you’re a parent with a difficult child, you go online, and there’s a Web site for bipolar, and you think, ‘Thank God I’ve found a diagnosis. I’ve found a home.’ ” Some parents whose children have received the diagnosis say that, with time, the label led to effective treatment. "It’s been a godsend for us," said Kelly Simons, of Montrose, Colo., whose son Brit, 15, was prone to angry outbursts until given a combination of lithium, a mood-stabilizer and Risperdal several years ago. He is now on lithium alone and he is an honor-roll student. Others say their children have suffered from side effects of drugs given for bipolar disorder, without getting much benefit. Ashley Ocampo, 40, of Tallahassee, Fla., the mother of an 8-year-old boy, Nicholas Ryan, who is being treated for bipolar disorder, said that he had tried several antipsychotic drugs and mood stabilizers, and that he had been better lately. But, she said in an interview, “He has gained weight, to the point where we were struggling find clothes for him; he’s had tremors, and still has some fine motor problems that he’s getting therapy for.” She added, “But he’s a fabulous kid, and I think, I hope, that we’re close to finding the right combination of medications to help him.”
(minha tradução):
Mais crianças são tratadas para Transtorno Bipolar do Humor Por Benedict Carey Publicado em 03 de Setembro de 2007 Na revista: The New York Times
Até onde o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes pode ou não refletir a realidade dos fatos? O artigo traz à luz, pontos importantes e polêmicos sobre a questão.
Pesquisas mostram como aumentou o número de atendimentos a crianças e adolescentes americanos por serem portadores de Desordens Bipolares num período de dez anos, ou seja, de 1994 a 2003. Na verdade, a Psiquiatria está passando por várias reformulações e grandes avanços, principalmente no caso específico da Psiquiatria infantil, onde os estudos e trabalhos de campo e de pesquisa têm sido ainda maiores, com o advento das neurociências e estudos em neuroimagem e genética molecular. Mas o fato é que a polêmica em torno do aumento dos diagnósticos em Psiquiatria tem trazido calorosos debates. Hipóteses as mais variadas têm sido levantadas, como a de que médicos estariam fazendo diagnósticos e tratamentos de modo mais agressivo ou porque o número de novos casos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças está aumentando. Ou ainda por conta de um possível superdiagnóstico, ou seja, toda criança atendida que fosse agressiva ou explosiva, já sairia da consulta diagnosticada e tratada como bipolar o que levaria ao surgimento de outras polêmicas, uma vez que o custo de um tratamento para Transtorno do Humor Bipolar pode ser de três a cinco vezes mais caro do que o de outras doenças, como Ansiedade ou Depressão. Ainda mais que tais tratamentos, além de poderem não corresponder aos benefícios esperados, podem gerar efeitos colaterais adversos sérios como o ganho de peso. Motivo real não sabemos, mas verdade é que a magnitude da situação tem dado vez a calorosos debates em torno da questão. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Pensando sob outro ângulo, alguns Psiquiatras dizem que o Transtorno Bipolar é um problema muito freqüentemente não diagnosticado em crianças e que tal fato merece reflexão e estudo, na medida em que os médicos, conhecendo mais o transtorno, estariam beneficiando aquelas crianças e adolescentes portadoras do transtorno. Dr. John March, chefe de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade de Duke, acha que a situação reflete uma imaturidade nessa área dos transtornos bipolares em crianças. Segundo ele, ainda não há meios de se fazer um diagnóstico com acurácia em crianças pequenas, do ponto de vista do desenvolvimento. Diz também que a maioria das pesquisas mostra que crianças qualificadas para o diagnóstico não apresentariam os sintomas clássicos do transtorno como o estado de mania, ao contrário, tornar-se-iam crianças deprimidas. Dr. Mani Pavuluri, diretor do programa de transtornos do humor da Universidade de Illinois, Chicago, fala que o “rótulo” do Transtorno do Humor Bipolar geralmente é melhor do que qualquer outro diagnóstico que normalmente é feito, para crianças difíceis, ou seja, para aquelas que apresentam ódio, raiva extrema e incontinência afetiva e do humor, emoções insuportáveis para essas crianças, e que era bom que finalmente esses sintomas estavam sendo reconhecidos como parte de uma doença única. Pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram dados de pesquisa do Centro Nacional para estudos epidemiológicos em Saúde com foco em médicos particulares e estimaram um aumento do diagnóstico de Transtorno Bipolar do Humor da ordem de 780 mil, no mesmo período de 1994 a 2003. Dr. Mark Olfson, pesquisador em Saúde Mental da Universidade de Columbia há anos e chefe da atual pesquisa, revelou que foi o aumento mais surpreendente em pesquisa, em período curto de tempo. Ele diz que tal resultado fez o Transtorno do Humor Bipolar mais comum entre crianças do que a depressão. O estudo achou que psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos e que 2/3 das crianças eram meninos. Cerca de metade dos pacientes apresentava outras dificuldades mentais, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O tratamento quase sempre incluía medicamentos. Metade deles receberam drogas como a risperidona ou a quetiapina, ambos aprovados para o tratamento da esquizofrenia. E que 1/3 recebeu o estabilizador de humor chamado Depakote. E que psicoestimulantes e antidepressivos também eram usados. A maioria das crianças recebiam combinação de duas ou mais drogas e que cerca de quatro em dez crianças recebiam psicoterapia. O estudo achou que a metodologia usou recursos similares ao do tratamento do Transtorno Bipolar do Humor em adultos.
Especialistas disseram que o aumento dos diagnósticos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes reflete vários fatores. Estudos recentes sugerem que sintomas bipolares de fato aparecem mais precocemente na vida de adolescentes e crianças pequenas que desenvolvem os sintomas plenos da doença em idades mais tardias. E que o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência dão aos psiquiatras e aos familiares desesperados um tratamento para as chamadas “tempestades afetivas”, verdadeiras “crises de fúria”. Os psiquiatras têm sido encorajados a pensar e pesquisar o Transtorno do Humor Bipolar e várias drogas já estão aprovadas no tratamento em adultos. A risperidona foi aprovada pelo FDA para o tratamento do Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência em agosto de 2007. Não só o Transtorno do Humor Bipolar, mas também o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e outros transtornos geram controvérsias, com admiradores e opositores. É o caso da Dra. Gabrielle Carlson, da Universidade Stony Brook em Long Island. Ela diz que todos estão “inundados” com divulgações maciças de Laboratórios de remédios dizendo que os médicos não estão diagnosticando o Transtorno Bipolar do Humor e outras coisas. Alguns pais de crianças diagnosticadas como portadoras de Transtorno do Humor Bipolar dizem que o “rótulo” levou a tratamentos efetivos, com o tempo. “Foi uma benção para nós” pois meu filho de 15 anos tendia a explosões de raiva até tomar lítio e risperidona por muito tempo. Agora ele toma só o lítio e é um ótimo estudante. Evidentemente, outras declarações não foram tão otimistas assim. Fato é que ainda temos muito caminho pela frente no que tange ao total entendimento de um transtorno tão grave e tão sério quanto o Transtorno Bipolar do Humor, tanto em crianças, adolescentes e adultos.

Aumenta o número de diagnósticos de Bipolaridade na Infância


Aumento do número de crianças com Transtorno Bipolar do Humor reflete a realidade?

Mais crianças são tratadas para Transtorno Bipolar do Humor.


Por Benedict Carey
Publicado em 03 de Setembro de 2007
Na revista: The New York Times


Até onde o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes pode ou não refletir a realidade dos fatos? O artigo traz à luz, pontos importantes e polêmicos sobre a questão.

Pesquisas mostram como aumentou o número de atendimentos a crianças e adolescentes americanos por serem portadores de Desordens Bipolares num período de dez anos, ou seja, de 1994 a 2003. Na verdade, a Psiquiatria está passando por várias reformulações e grandes avanços, principalmente no caso específico da Psiquiatria infantil, onde os estudos e trabalhos de campo e de pesquisa têm sido ainda maiores, com o advento das neurociências e estudos em neuroimagem e genética molecular. Mas o fato é que a polêmica em torno do aumento dos diagnósticos em Psiquiatria tem trazido calorosos debates. Hipóteses as mais variadas têm sido levantadas, como a de que médicos estariam fazendo diagnósticos e tratamentos de modo mais agressivo ou porque o número de novos casos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças está aumentando. Ou ainda por conta de um possível superdiagnóstico, ou seja, toda criança atendida que fosse agressiva ou explosiva, já sairia da consulta diagnosticada e tratada como bipolar o que levaria ao surgimento de outras polêmicas, uma vez que o custo de um tratamento para Transtorno do Humor Bipolar pode ser de três a cinco vezes mais caro do que o de outras doenças, como Ansiedade ou Depressão. Ainda mais que tais tratamentos, além de poderem não corresponder aos benefícios esperados, podem gerar efeitos colaterais adversos sérios como o ganho de peso. Motivo real não sabemos, mas verdade é que a magnitude da situação tem dado vez a calorosos debates em torno da questão. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Transtorno do Humor Bipolar se caracteriza por alterações intensas do humor e até há pouco tempo se achava que a condição só afetava a adultez, “poupando” os pequenos. Pensando sob outro ângulo, alguns Psiquiatras dizem que o Transtorno Bipolar é um problema muito freqüentemente não diagnosticado em crianças e que tal fato merece reflexão e estudo, na medida em que os médicos, conhecendo mais o transtorno, estariam beneficiando aquelas crianças e adolescentes portadoras do transtorno. Dr. John March, chefe de Psiquiatria da Infância e Adolescência da Universidade de Duke, acha que a situação reflete uma imaturidade nessa área dos transtornos bipolares em crianças. Segundo ele, ainda não há meios de se fazer um diagnóstico com acurácia em crianças pequenas, do ponto de vista do desenvolvimento. Diz também que a maioria das pesquisas mostra que crianças qualificadas para o diagnóstico não apresentariam os sintomas clássicos do transtorno como o estado de mania, ao contrário, tornar-se-iam crianças deprimidas. Dr. Mani Pavuluri, diretor do programa de transtornos do humor da Universidade de Illinois, Chicago, fala que o “rótulo” do Transtorno do Humor Bipolar geralmente é melhor do que qualquer outro diagnóstico que normalmente é feito, para crianças difíceis, ou seja, para aquelas que apresentam ódio, raiva extrema e incontinência afetiva e do humor, emoções insuportáveis para essas crianças, e que era bom que finalmente esses sintomas estavam sendo reconhecidos como parte de uma doença única. Pesquisadores de Nova York, Maryland e Madri analisaram dados de pesquisa do Centro Nacional para estudos epidemiológicos em Saúde com foco em médicos particulares e estimaram um aumento do diagnóstico de Transtorno Bipolar do Humor da ordem de 780 mil, no mesmo período de 1994 a 2003. Dr. Mark Olfson, pesquisador em Saúde Mental da Universidade de Columbia há anos e chefe da atual pesquisa, revelou que foi o aumento mais surpreendente em pesquisa, em período curto de tempo. Ele diz que tal resultado fez o Transtorno do Humor Bipolar mais comum entre crianças do que a depressão. O estudo achou que psiquiatras fizeram quase 90% dos diagnósticos e que 2/3 das crianças eram meninos. Cerca de metade dos pacientes apresentava outras dificuldades mentais, como o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. O tratamento quase sempre incluía medicamentos. Metade deles receberam drogas como a risperidona ou a quetiapina, ambos aprovados para o tratamento da esquizofrenia. E que 1/3 recebeu o estabilizador de humor chamado Depakote. E que psicoestimulantes e antidepressivos também eram usados. A maioria das crianças recebiam combinação de duas ou mais drogas e que cerca de quatro em dez crianças recebiam psicoterapia. O estudo achou que a metodologia usou recursos similares ao do tratamento do Transtorno Bipolar do Humor em adultos. Especialistas disseram que o aumento dos diagnósticos de Transtorno do Humor Bipolar em crianças e adolescentes reflete vários fatores. Estudos recentes sugerem que sintomas bipolares de fato aparecem mais precocemente na vida de adolescentes e crianças pequenas que desenvolvem os sintomas plenos da doença em idades mais tardias. E que o diagnóstico de Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência dão aos psiquiatras e aos familiares desesperados um tratamento para as chamadas “tempestades afetivas”, verdadeiras “crises de fúria”. Os psiquiatras têm sido encorajados a pensar e pesquisar o Transtorno do Humor Bipolar e várias drogas já estão aprovadas no tratamento em adultos. A risperidona foi aprovada pelo FDA para o tratamento do Transtorno do Humor Bipolar na Infância e Adolescência em agosto de 2007. Não só o Transtorno do Humor Bipolar, mas também o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade e outros transtornos geram controvérsias, com admiradores e opositores. É o caso da Dra. Gabrielle Carlson, da Universidade Stony Brook em Long Island. Ela diz que todos estão “inundados” com divulgações maciças de Laboratórios de remédios dizendo que os médicos não estão diagnosticando o Transtorno Bipolar do Humor e outras coisas. Alguns pais de crianças diagnosticadas como portadoras de Transtorno do Humor Bipolar dizem que o “rótulo” levou a tratamentos efetivos, com o tempo. “Foi uma benção para nós” pois meu filho de 15 anos tendia a explosões de raiva até tomar lítio e risperidona por muito tempo. Agora ele toma só o lítio e é um ótimo estudante. Evidentemente, outras declarações não foram tão otimistas assim. Fato é que ainda temos muito caminho pela frente no que tange ao total entendimento de um transtorno tão grave e tão sério quanto o Transtorno Bipolar do Humor, tanto em crianças, adolescentes e adultos.